quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Um breve histórico do Movimento Construção Coletiva


A muito participamos da construção do movimento estudantil na UFSM. Estivemos presentes nas lutas contra a venda do Prédio de Apoio, pela construção de novos restaurantes universitários, pelo fim das fundações ditas de ‘apoio’, que roubaram mais de 44 milhões dos cofres públicos no escândalo DETRAN-FATEC-FUNDAE.
Defendendo uma educação pública, gratuita e de qualidade, participamos também das eleições ao diretório central dos estudantes para dizer a que viemos!


2010 – A luta continua


No ultimo ano acompanhamos diversos debates importantes envolvendo questões referentes a Universidade e educação, bem como apoiando as lutas dos movimentos sociais.


MUDANÇAS DO VESTIBULAR DA UFSM – POR UM AMPLO E DEMOCRÁTICO DEBATE


No primeiro semestre acompanhamos a proposta da reitoria para mudanças do vestibular, que vinha para permanecer a lógica excludente do atual modelo do vestibular.

Sabemos que ainda falta muito para que nossa pauta histórica de universalização das vagas no

ensino superior público seja alcançada e que o vestibular peco na proposta de medir conhecimento, por não apresentar uma avaliação pedagógica do mesmo,porém consideramos que é importante avançar no acumulo de fazer com que essa forma de ingresso se torne minimamente progressista no sentido de trazer os alunos excluídos do ensino superior com baixa renda que normalmente são jogados para os tubarões do ensino privado brasileiro.

Por isso junto a SEDUFSM e outros grupos do movimento estudantil pautamos a ampliação do período de debates, exigindo que essa pauta não fosse discutida em portas fechadas e de forma atropelada. Essas discussões teriam que ser levadas a comunidade santa-mariense, chamando professores estaduais e municipais, e estudantes secundaristas, parte mais interessada do processo.

Infelizmente a reitoria se mostrou antidemocrática em aprovar as mudanças com o voto de minerva do reitor. Mesmo sofrendo uma pequena derrota, sabemos que esse período foi importante para amadurecer o debate do movimento estudantil sobre as formas de ingresso e continuar na luta.


7 DE SETEMBRO – INDEPENDÊNCIA DE QUEM?

No dia sete de setembro construímos junto a outros grupos do movimento estudantil uma intervenção no desfile realizado na Avenida Medianeira. No intuito de questionar, independência de quem? E de realizar uma intervenção teatral colocando a importância do limite a propriedade da terra e sua função social. Denunciando o agronegócio que apenas planta fome no nosso país! Chamando a população a participar do plebiscito que tinha por objetivo levar uma proposta para discussão no congresso onde todas as propriedades agrárias estariam limitadas em 35 módulos fiscais.

Porque o direito a terra é de tod@s!


ESTATUINTE PARITÁRIA – PELA DEFESA DA DEMOCRACIA INTERNA NA UFSM


No segundo semestre em vistas de uma possível ‘alteração’ no estatuto da Universidade sugerida pela reitoria os três segmentos, docente, discente e técnico-administrativo, realizaram uma série de debates em torno do tema.

Para agir de forma propositiva criamos junto aos outros segmentos um grupo de trabalho para criar o documento de solicitação de uma Assembleia Estatuinte paritária procurando, por exemplo, democratizar os conselhos superiores que hoje tem proporção de 70% de representação dos professores e 30% dos demais segmentos. A convocação de uma Estatuinte poderia alterar situações como estas.
É necessário lutar pela defesa da democracia interna das Universidades!


SANTA MARIA DIZ NÃO AO AUMENTO DA TARIFA! NÃO PAGAMOS NEM MAIS UM CENTAVO!


O prefeito Cezar Schirmer que foi eleito em cima do discurso demagógico de que a tarifa do transporte em Santa Maria deveria ser R$ 1,40 cede aos interesses da máfia dos transportes e aumenta a passagem. Os estudantes secundaristas e universitários, trabalhadores e movimentos sociais organizados foram às ruas dizer não ao aumento. Nós do Movimento Construção Coletiva participamos ativamente nas mobilizações que duraram uma semana, pelos seguintes motivos:

- Pressa exagerada por parte da prefeitura em atender ao pedido de aumento feito pela máfia dos transportes, mostrando conivência com as mesmas;

- A falta de licitação pública: o decreto n.° 20/2009 serviu para mudar o foco do aumento que estava sendo dado, para as “exigências” que venceriam em fevereiro de 2010, o que garantiu a tranquilidade para a preparação do SIM (Sistema Integrado Municipal), que não teve outro objetivo, senão o de burlar a licitação pública a ser realizada no ano de 2010, novamente favorecendo as empresas em detrimento dos interesses dos usuários;

- A falta de transparência no processo de cálculo da tarifa: a pressa das empresas e do Poder Executivo em aprovar um aumento da tarifa, impondo uma pressão ao conselho, não propiciam um amplo debate que garanta o acesso dos usuários ao processo.

Durante o período de mobilizações ocupamos a prefeitura com intuito de impedir a reunião do Conselho Municipal dos Transportes. Mesmo após o aumento da tarifa, feito de forma atropelada as manifestações continuaram exigindo uma audiência pública com o prefeito. Após passarmos um dia inteiro em frente à prefeitura conseguimos que Schirmer se compromete-se em ir a audiência.

Infelizmente o prefeito mais uma vez não cumpriu com a sua palavra e não compareceu a audiência realizada no dia 25 de outubro, os estudantes permaneceram na Câmara de vereadores para exigir uma nova audiência publica com o prefeito.A semana de manifestações mostrou que o povo de Santa Maria esta atento aos ataques do senhor Cezar Schirmer e de seus amigos empresários. Seguiremos em luta pelo transporte público que queremos!


OS ENEMGANADOS VÃO AS RUAS


Em 2009 ocorreram problemas no ENEM, prova realizada como forma de ingresso e pontuações

adicionais a diversas universidades brasileiras. O que não se esperava era que a prova aplicada em 2010 também iria apresentar erros. Lamentavelmente mais uma vez vemos que o Ministério da Educação pouco se importa com a lisura e segurança da prova, e muito menos com a vida e expectativas de milhares de estudantes.

Em Santa Maria como em diversas cidades os estudantes de cursinhos e do ensino médio foram às ruas dizer ao MEC que estes erros já estão virando palhaçada e questionar a qualidade da educação no Brasil!

Nós do MCC estivemos apoiando os estudantes durante a manifestação dos ENEMganados para dizer que educação não é palhaçada!

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