terça-feira, 17 de maio de 2011

Mais que caridade, irmandade


A Região Sul, em especial o Rio Grande do Sul tem como característica um frio mais acentuado do que o resto do Brasil.
Posto isso, tomo a liberdade de relatar algo que aconteceu hoje. Após uma arrumada geral nos armários percebi o quanto nós somos estimulados ao consumo e desperdício. A roupa da moda, o fetiche de mercadoria (aquele tão sonhado produto, que você não sabe nem por que), faz com que compremos (muito) mais do que precisamos. Mesmo procurando manter o controle, La vem o capitalismo, com aquele sapato lindo, e aquela roupa que cai tão bem no corpo. Quem nunca foi seduzido por isso? Tirei então algumas roupas que não usava há muito tempo. Algumas crianças passaram para recolher o lixo reciclável da minha casa, e mesmo com o frio, estavam muito mal vestidas. Então decidimos doar aquelas roupas; Vimos, elas dobrarem peça por peça dizendo “obrigado tia”.
Sei que parece clichê. Mas mais clichê ainda, é comprar compulsivamente e não se comover com a criança com frio, com o morador de rua. Peço que vejam o ser ao lado, como uma pessoa, como um “PRÓXIMO”. E que não fique apenas na caridade, mas na luta, na construção de um luta, para vencermos essa situação de pobreza. Para que não precisemos mais amortecer nossas consciências “ajudando” o próximo, e sem termos de pedir mais “ajuda” pra ninguém. Porque todos podemos ser companheiros, com nossos direitos humanos plenamente garantidos.
Sejamos realmente Próximos um do outro!
Sosa, Mercedes


“ Levanta su voz en las tribunas
por el que sufre,´por el que no hay
ninguna razón que lo condene a andar sin manta”
( Levanta sua voz nas tribunas pelo que sofre pq não há nenhuma razão que o condene a andar sem manta)

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